A Gol decidiu suspender as operações de sua frota de B737 MAX 8s. A decisão ocorre um dia após o fatídico acidente com o voo da Ethiopian Airlines e cerca de seis meses após o acidente com a Lion Air, que utilizavam o mesmo modelo de aeronave. A suspensão, informada à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), começou a valer às 20h desta segunda-feira (11) e coloca todas as sete unidades da frota no chão.
A decisão da companhia brasileira pode afetar os voos internacionais aos EUA, que até então eram 100% operados pelas novas aeronaves da famílai B737. Tanto é que o próprio site do Aeroporto de Miami mostra dois voos da Gol operados por B737 MAXs, que sairiam de Brasília e Fortaleza, devidamente cancelados. A companhia, no entanto, se comprometeu em continuar operando suas rotas de longo curso com a frota de B737NG enquanto a suspensão temporária estiver em vigor.
A Gol é mais uma companhia a deixar a frota de B737 MAX no chão. Além da própria Ethiopian Airlines e da Lion Air, empresas envolvidas em acidentes com o modelo, todas as companhias da China, a Cayman Airways (das Ilhas Cayman), Comair (África do Sul) e Royal Air Maroc (Marrocos) também anunciaram a interrupção na operação do modelo. Mais cedo, o Procon já tinha pedido a Gol para que interrompesse as operações do B737 MAX.
O segundo acidente com o novo modelo da família B737 MAX fez o valor de mercado da Boeing cair US$ 25 bilhões. A fabricante norte-americana também se viu obrigada a adiar o lançamento oficial do B777-9X, agora sem uma data definida para ser lançado. Em nota, a Gol informou que “o MAX já realizou 2.933 voos, totalizando mais de 12.700 horas, com total segurança e eficiência”.
Fonte: mercado&eventos