Aéreas não devem reajustar tarifas com alta do dólar

A alta do dólar, que ontem fechou em R$ 2,17, sua maior cotação desde abril de 2009, é a principal preocupação das companhias aéreas no segundo semestre. “Qualquer aumento na tarifa já tem forte repercussão na demanda, considerando a popularização do transporte aéreo”, disse o diretor de Segurança e Operação de Voos da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins. Segundo ele, antigamente as tarifas poderiam ser o principal caminho das empresas aéreas ao registrarem aumento de custo – algo imediato diante da alta do dólar, uma vez que leasing, manutenção e seguros são pagos em dólar –, hoje trabalha-se em alternativas de redução de custos. “Por isso o encolhimento da oferta”, disse.

Jenkins defende que, mesmo diante da alta temporada de julho, as tarifas não devam ser impactadas pela alta recente do dólar. “Estudo que realizamos mostra que um aumento de 10% nas tarifas aéreas implica em redução de 14% na demanda, assim como a diminuição das tarifas nesse percentual resulta nesse mesmo aumento de procura”, analisou. Segundo ele, mais de 40% dos voos de julho estão vendidos. “Agora as companhias trabalham com as tarifas cheias para julho”, acrescentou.

Em relação à aviação regional, o diretor da Abear voltou a afirmar que as empresas associadas não esperam subsídios do governo, mas sim redução de custos para viabilizar essas operações. Ele citou a alíquota de 25% no ICMS do combustível de aviação, adotada no Estado de São Paulo. “Se essa alíquota fosse reduzida para 12% – e nós gostaríamos que caísse ainda mais – já teríamos uma sensível diminuição de custos”, apontou.

 

Fonte: Panrotas

 

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