Siderley Santos, CEO do grupo Arbaitman: “Nunca vendemos tanto o destino Brasil”

A chegada do fim do ano combinada com os avanços da vacinação e a abertura das fronteiras de destinos internacionais têm dado novo ânimo às agências e operadoras de turismo no Brasil.

Por Paulo Atzingen*


De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) e divulgado no último 16 de novembro, as agências de viagens associadas em várias localidades do Brasil apontam que a procura por viagens deu um salto no último trimestre do ano.

“O turismo doméstico lidera na procura e já está próximo dos níveis pré-pandemia, enquanto o internacional se recupera na medida em que novas fronteiras vão reabrindo ou anunciando datas próximas para a reabertura”, afirma nota da entidade. Na apuração, as associadas ABAV indicam que a procura por destinos internacionais está próxima dos 50%, na comparação com o mesmo período de 2019.

É o que confirma Siderley Santos, CEO do grupo Arbaitman, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO. Para Siderley a procura por bilhetes aéreos, viagens nacionais e internacionais têm sido espetacular. “Tomamos um susto! Achávamos que a retomada seria pausada, lenta, mas ao contrário, tudo tem sido fantástico. Neste mês de novembro fecharemos com 92% das vendas que fazíamos no mesmo mês de novembro de 2019”, compara Siderley.

“O crescimento exponencial das vendas vêm acontecendo do meio do ano para cá: em julho tivemos 40% do volume total (comparado a 2019); em agosto subimos para 70% do volume; em setembro atingimos 75% e outubro e novembro ultrapassamos a marca de 90% em vendas totais, comparadas ao mesmo período de dois anos atrás, antes da pandemia”, comemora o executivo. Ele frisa, no entanto, que as vendas nacionais, nunca foram tão procuradas como neste ano. “O pandemia nos deixará um legado que são as vendas do turismo doméstico. Nunca vendemos tanto o Brasil, os destinos nacionais, a partir da flexibilização”, ressalta.

Desmistifica tarifa alta

Siderley desmistifica aquela ideia de que as tarifas estão altas porque atendem a alta demanda diante de meses anteriores reprimidos. Segundo ele, ainda existe muita tarifa de oportunidade mesmo com uma malha aérea não totalmente restabelecida em razão da pandemia e das restrições. “No começo da retomada se fazia muitas promoções para estimular o consumo, as vendas. Agora impera a lei da oferta e da demanda. Mas posso afirmar que os valores dos bilhetes aéreos (nacionais e internacionais) não estão (com valores) estratosféricos, mas justos”, garante.

Ele dá como exemplo o preço de um bilhete vendido por sua agência para os EUA, em outubro deste ano: “Trabalhamos com tarifas flutuantes o tempo todo. Já chegamos a vender bilhetes para Nova York (ida e volta) a 400 dólares. Nossos consultores são premiados por número de vendas e não pelo valor dos bilhetes. O objetivo do nosso grupo não é vender mais caro, mas atender de forma plena as expectativas e os sonhos de nossos clientes”, ensina. Caros ou baratos, Siderley revela ao DT que já não tem bilhetes  aéreos para os Estados Unidos na classe executiva até dezembro. “Só a partir de janeiro”, revela.

O CEO do grupo Arbaitman reforça com seus percentuais e otimismo os números da Associação Brasileira dos Operadores de Viagens (BRAZTOA), que em seu último boletim apontou os seguintes números: em setembro deste ano, 36% das operadoras alcançaram faturamento próximo da média histórica (75% ou mais) e 46% em patamares equivalentes a 25% dos números pré-pandemia. Já em relação ao ano passado, 43% das operadoras dobraram o faturamento de setembro de 2020.

Bloqueios

Siderley adianta alguns números do setor de eventos – uma das especialidades do grupo Arbaitman, por meio de sua Central de Eventos. “Os eventos corporativos estão vindo com toda a força. Já temos eventos de 400 a 500 pessoas programados para janeiro e fevereiro. São convenções fechadas (não revela o nome dos clientes por motivos éticos) e que posso adiantar já superam índices de 2019”, revela.

Consultores e Concierges

Os números da ABAV apontam para um único caminho: o otimismo com o avanço da vacinação e da derrota imposta ao coronavírus.  Na pesquisa da associação mais de 60% delas já projetam aumento entre 50%  e  60% no faturamento nos próximos 12 meses; 80,8% acreditam na retomada do faturamento em índices próximos ao período pré-pandemia em dois anos; 76,9% das agências perceberam aumento de novos clientes solicitando ajuda na organização das viagens, o que se configura em maior valorização do papel que exercem, e 61,5% esperam contratar colaboradores nos próximos seis meses a um ano.

“Temos um equipe de consultores e concierges que acompanha e está ligada 24 horas para informar sobre os destinos, os roteiros, o tipo de hospedagem, os preços, as melhores épocas de viagem, e todas as dúvidas que um viajante possui antes de embarcar. Temos também nossa área de concierge que acompanha todas as oscilações e regras impostas por governos, no que se refere à entrada, saída e exigências sanitárias”, enumera.

“A vontade do brasileiro em viajar nunca esteve tão alta, e nossa vontade em atendê-lo com perfeição e excelência também”, finaliza o CEO.

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