O pesadelo das empresas

Ataques hackers em que criminosos derrubam sites para solicitar resgates milionários tornaram-se comuns.

O presidente da empresa Maringá Turismo, Marcos Arbaitman, conta que para evitar qualquer ataque, adotou protocolos de segurança extrema­mente funcionais. Ele afirma que esta é uma situação deli­cada, que põe a credibilidade dos empresários atacados em. descrédito à vista dos clientes. “Já notamos algumas tentati­vas de invasão ao nosso siste­ma que rapidamente foram identificadas e controladas, mas sem incidentes. E notório qt1e os clientes hoje estão cada vez mais preocupados com a segurança da informação na relação comercial”, garante o empresário.

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SARA ARAÚJO – economia@acritica.com
Créditos – Jornal A Crítica MANAUS, 14 DE NOVEMBRO DE 2021

O famoso investidor e executivo Bill Gates costuma dizer que se seu negócio está fora da internet, então você ficará sem negócio. Com o passar dos anos, empresários aderiram ainda mais ao fornecimento virtual de seus serviços, o que deixou não só os clientes inte­ressados, mas os hackers que passaram a invadir o sistema de grandes empresas para be­nefício financeiro.

O engenheiro consultor sê­nior Kleber Carriello, da Netscout Systems, empresa global de soluções para segurança, explica que essa atividade se tornou altamente lucrativa pa­ra os cr1m1nosos.

“Inicialmente o objetivo dos hackers era mais voltado ao ego. Um grupo hacker der­rubava determinado site ape­nas por diversão. Isso evoluiu, pois, a sociedade passou a fi­car muito dependente da in­ternet e dificilmente um setor da indústria não está conecta­do. Quando se fala em dinhei­ro, você atrai criminosos. Quando se causa uma ruptura de sistema, você causa prejuí­zo financeiro, e então há uma extorsão dos hackers aos em­presários pedindo resgate da­quele sistema. Ele invade o sistema, criptografa tudo que tem no sistema daquela em­presa de dados e guarda a chave criptográfica. Só ele sabe dessa chave e cobra esse res­gate financeiro para que a em­presa tenha acesso novamente”, explica

Ele conta que esse tipo de ataque é chamado de DDoS, que são ataques de negação de serviço ou ruptura da internet. “Qualquer tipo de infraestrutura de internet e de proteção exige uma demanda de oferta de serviço e quando se excede essa demanda há um colapso. Um banco, por exem­plo, oferece um serviço de 20 mil usuários simultâneos para internet banking. Todo o traba­lho será com base nessa quan­tidade de usuários. Os hackers direcionam uma carga bem maior do que a empresa está dimensionada a receber, cria máquinas escravas que respondem às suas ordens que de uma vez só e acessam aquele sistema. Ou seja, um volume muito superior de acessos que aquele sistema suporta, colo­cando o serviço daquela em­presa fora do ar ou causando a ruptura da internet”.

PREJUÍZOS FINANCEIROS Conforme um levantamento feito pela Netscout Systems, no primeiro semestre de 2021, os cibe criminosos lançaram cerca de 5 ,4 milhões de Ataques de Negação de Serviços (DDos), um aumento de 11 % em relação ao levantamento anterior.

Em novembro deste ano a empresa de turismo CVC sofreu um ataque que deixou seu sistema fora do ar o suficiente para suas ações caíssem em pelo me­nos 11 %. Outro exemplo foi o grupo JBS, atacado em suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália e pagou 11 milhões de dólares de resgate do sistema.

Kleber explica que não é pos­sível prever um ataque, mas é possível mensurar o prejuízo e a forma como isso será lidado.

” Dependendo da situação é possível saber o prejuízo. Quanto mais tempo fora do ar, maior o dano, calculando é claro a média diária de lucros que aquela empresa tem. O que é impossível de mensurar está relacionado à imagem daquela empresa. Tratando ainda o banco como exemplo, a imagem desse banco mediante a vulnerabilidade em que foram colocados os dados do cliente, acaba sendo coloca­da em crédito”.

O presidente da empresa de turismo Maringá, Marcos Arbaitman, conta que para evitar qualquer ataque, adotou protocolos de segurança extrema­mente funcionais. Ele afirma que esta é uma situação deli­cada, que põe a credibilidade dos empresários atacados em. descrédito à vista dos clientes. “Já notamos algumas tentati­vas de invasão ao nosso siste­ma que rapidamente foram identificadas e controladas, mas sem incidentes. E notório qt1e os clientes hoje estão cada vez mais preocupados com a segurança da informação na relação comercial”, garante o empresário.

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