Sétima medida de força em menos de dois meses
Os sindicatos de aviação anunciaram nesta terça-feira uma paralisação de 48 horas para a próxima quinta (13) e sexta-feira (14), rejeitando uma resolução da Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC) que permitiu a entrada de pilotos estrangeiros no comando de vôos comerciais na Argentina.
A cúpula da Associação de Pilotos de Aviação (APLA) e a União dos Aviadores de Aviação (UALA) darão detalhes das medidas que serão adotadas.
O governo nacional através do Ministério dos Transportes e da ANAC modificou o “RAAC 61” permitindo a entrada e validação automática de licenças pertencentes a pilotos estrangeiros. Os sindicatos denunciam que essa revalidação é feita “sem exames na Argentina, que acreditem na expertise e nos mais altos padrões de segurança”.
A Resolução 895/2018 da ANAC, publicada em 22 de novembro no Boletim Oficial, modifica o texto do Regulamento da Aviação Civil Argentina. Até poucos dias atrás, os pilotos eram obrigados a fazer um exame teórico e um teste de vôo para que a licença obtida no exterior fosse aceita dentro do país. Agora, o órgão regulador recebeu poderes excepcionais e acelerou esse processo. Costumava levar 40 dias e hoje apenas 7.
O titular da ANAC, Tomás Insausti, defendeu a regulamentação que flexibilizou as exigências para comandar voos comerciais e garantir que “o trabalho dos argentinos não seja comprometido”. É uma licença pontual de 3 a 6 meses para treinar outros pilotos, e sua experiência e treinamento devem ser comprovados.
Segundo os registros da ANAC, o número de pilotos instrutores estrangeiros é de apenas 1,5% do total. “O que fizemos foi modificar o procedimento de revalidação interna porque não era bom para a ANAC, existem pilotos estrangeiros que foram revalidados, como permitido por lei, mas isso não coloca em risco o trabalho de nossos pilotos. Os sindicalistas querem colocar esta questão na reivindicação sindical “, disse ele em declarações à rádio La Red.
Deve ser lembrado que o Sindicato da APLA representa os pilotos de Aerolineas Argentinas, LATAM ARG, Andes, Avian Airlines e UALA para os pilotos da Austral (ele não alcança os pilotos noruegueses e Flybondi), e para avançar a paralisação de 48 horas, centenas de milhares de passageiros seriam afetados.
Conteúdo traduzido do site: Infobae