O governo do Egito passou a exigir visto de entrada de todos os estrangeiros e, possivelmente para adequar-se a essa nova política, há alguns dias deixou de emitir quaisquer vistos. Desde o dia 25 de janeiro os estrangeiros já enfrentam algumas restrições impostas pelo governo egípcio. Entre elas, a negativa de estender por mais três meses o visto de permanência para os visitantes que já se encontram no Egito, estendendo a permanência a no máximo 30 dias – afetando assim os estrangeiros que possuem imóveis de férias no país.
Vários dirigentes do Ministério do Turismo criticaram a medida e Amr el-Wzzaby, que comanda a Organização de Promoção Turística do país, disse que a nova medida vai impactar severamente a indústria turística e transformar o Egito em um “país fechado”. “Não só vai prejudicar o turismo do Egito, mas sua imagem como país estável”, disse el-Ezzaby, sugerindo que pelo menos o governo permita a concessão de vistos através da internet.
Na quinta-feira, um porta voz do novo governo egípcio disse que o país passará a exigir vistos de entrada de todos os seus visitantes, antes de chegarem ao Egito – vistos deverão ser requeridos nas embaixadas e consulados do Egito -, encerrando décadas de entradas sem restrições para norte-americanos e outros visitantes ocidentais e de outras regiões do mundo. Os cidadãos de países como os do Golfo, da América Latina (inclusive o Brasil), Japão e outros da Ásia, além dos Australianos, estão entre os que serão afetados pela nova restrição. Os turistas viajando em grupo não estarão sujeitos à nova exigência.
O turismo no Egito foi prejudicado desde janeiro devido à instabilidade política no país, mas já vinha registrando recuperação nas receitas depois de ter reforçado a segurança de seus visitantes, especialmente nos resorts do Mar Vermelho. Na semana passada, o governo do país disse que as receitas turísticas 2010-2011 totalizaram US$ 10,6 bilhões, comparadas com os US$ 11.6 bilhões do exercício 2009-2010.
Fonte: BusinessTravel